Tempo de Espera, 2002
Vistas da Instalação, “Tempo de Espera”, Museu Laboratório e Jardim Botânico, Lisboa — PT“A Tereza juntou uma data de cadeiras para nos fazer descobrir que as coisas são passíveis de ser olhadas não tanto pelo seu lado útil quanto pelo seu lado estético. Nem sempre temos consciência de que muitos dos objectos com que lidamos têm um lado a que podemos ser sensíveis e que, inesperadamente, despertam em nós a possibilidade de gostarmos deles (... ) Não sei se isto não será uma lição para muitas coisas do mundo. Talvez, de dentro das coisas, haja esta possibilidade de encontrar um outro universo que não é exactamente aquele que o mundo e a sua vocação utilitária e funcional Ihes dá. Daí que temos a obrigação: primeiro, de olharmos para as coisas na perspectiva de entrarmos em sintonia com o lado poético do universo; segundo: de fazermos as coisas tendo em atenção que elas, além de serem úteis, podem satisfazer a necessidade de olhar para o lado estético do mundo.”
António Alçada Baptista, 2002
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