TERESA SEGURADO PAVÃO                                                                                                                                                                 

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Sala

Um projecto de Teresa Segurado Pavão Temos especial gosto de poder apresentar SALA, a mais recente exposição individual de Teresa Segurado Pavão, em formato de projecto na Galeria Belo-Galsterer.
Quando entramos na galeria, já viemos da rua com a expectativa de uma casa antiga; a fachada Arte Déco, o mármore nas escadas, entre outros elementos arquitectónicos característicos prepararam o ambiente que se segue: salas de tecto alto com estuque e chão de madeira usada, que nos conta a história do apartamento. Este espaço é o leitmotiv do projecto de Teresa Segurado Pavão para o qual criou uma série de objectos inéditos intitulados “Satsuma”(1) .
O trabalho de Teresa Segurado Pavão assenta no uso e combinação de vários materiais como ferro, cobre, bronze, prata, ouro, madeira, osso, objectos ou vestígios de objectos, fios…tendo como suporte o barro branco polido ou vidrado. Neste caso, são sobretudo os cacos de um serviço de chá em faiança japonesa Satsuma. Estes fragmentos integram-se e ligam-se, através de processos usados na ourivesaria, a formas que remetem para a memória das cerâmicas tradicionais e dos rituais a ela associados.
Esta vontade de provocar a nossa curiosidade e brincar com o olhar do espectador é parte integrante do seu trabalho, faz parte dos pressupostos para a feitura de cada peça. Este pensamento criativo e a extraordinária sensibilidade da artista, reflecte-se na própria montagem e apresentação das suas obras no espaço; em cima de um aparador antigo, que serve como dispositivo, com portas e gavetas abertas, as obras de Teresa Segurado Pavão têm que ser procuradas para serem descobertas, com todos os seus segredos… Ficamos assim confrontados com uma exposição que, na verdade, é uma instalação total.


Alda Galsterer

NOTA: Trabalho de Joalharia de Nininha Guimarães dos Santos para Teresa Segurado Pavão.
AGRADECIMENTO: Um especial agradecimento vai para a D’OREY AZULEJOS E ANTIGUIDADES, Lisboa, por ter apoiado este projecto.

(1) A louça Satsuma nasceu quando o príncipe Shimazu do reino Satsuma na Kyūshū do sul sequestrou oleiros coreanos qualificados após as invasões japonesas na Coreia para estabelecer uma indústria cerâmica local. Depois da mostra na exposição internacional em Paris em 1867, esta cerâmica com os seus desenhos figurativos e dourados tornou-se muito popular como exportação para a Europa.










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